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A crise financeira americana e a contabilidade, auditoria independente e a perícia contáb

A Contabilidade é uma ciência que mensura ou registra os fatos e atos administrativos de um determinado Patrimônio vinculado a uma entidade. Auditoria é uma técnica utilizada por profissionais habilitados que com o uso dos princípios de auditoria geralmente aceitos visa atestar através de um Parecer a veracidade dos fatos através de exame amostral a veracidade dos demonstrativos contábeis com o patrimônio da entidade. Perícia é uma técnica utilizada por profissional habilitado para responder os quesitos formulados de modalidade proba e licita, para que o tomador proceda a seu julgamento diante das respostas solicitadas. A contabilidade apresenta a posição do Patrimonial da entidade na data de sua realização através de seus demonstrativos, obedecendo aos princípios de contabilidade geralmente aceitos e o que está prescrito na Lei No. 6.404/76 e alterada pela Lei No.11.638/2007. Se a S E C (Securities Exchange Comission), entidade americana, igual a C V M (Comissão de Valores Mobiliários) no Brasil, tem o poder de regulamentar e disciplinar as demonstrações financeiras dos Bancos e de instituições financeiras similares, exigindo que seus demonstrativos sejam elaborados por profissional devidamente capacitado e qualificado, sendo a seguir auditadas por auditoria independente que após exames e vistorias visa expedir um parecer, atestando a veracidade dos demonstrativos em perfeita sintonia com o patrimônio da entidade, sabendo que o auditor independente está vinculado a uma das big five das melhores auditorias do mundo, como podemos entender que a crise financeira não havia indícios claros de sua gravidade e tamanho. Os bancos e demais instituições similares ofereceram créditos a pessoas que não tinham o mínimo de garantia e esse fato não foi previamente detectado pelo FED na época presidido pelo brilhante Alan Greenspan e hoje pelo brilhante Ben Berneck, não parece muito estranho esse fato, que após 10 anos de Alan Greenspan resolve entregar a diretoria no ano da ocorrência da maior crise financeira americana após 1929/1930. Não parecer estranho que os demonstrativos financeiros e contábeis dessas instituições fossem auditados por auditoria independente, que mesmo assim expedissem um parecer sem ressalva para essas instituições e essa documentação proba e licita foi aceita e acatada pela FED americano, sem nenhuma restrição na época, possibilitando o continuísmo de suas atividades econômicas. Não parecer estranho que essas instituições financeiras continuassem com suas ações negociadas em bolsa de valores continuando valorizadas sem nenhuma restrição da SEC ou do FED, ou mesmo de nenhuma agência que presumidamente analise e avalia o referido mercado. Após escândalos financeiros tais como a ENROE, WORDCOM, e demais, que resultou na elaboração da SOX, Governança Corporativa, Stake Holders, Supervisão de Auditoria, Comitê de Responsabilidade Social, Ambiental, Sustentabilidade, e demais e mesmo assim aconteceu o estouro da crise financeira americana. Não é estranho que o escritor, William F. Mahoney, autor da Bíblia dos profissionais de relações com investidores, um guia dos profissionais para Marketing Financeiro e Comunicação, não tenha alertado para esse grave fato que hoje assusta a economia do mundo globalizado. Não parece estranho que após a reeleição do Presidente Bush, e a elevação da dívida interna americana, proveniente da sustentação financeira de diversos conflitos armados em diversos países, onde facilmente foi encontrado o ditador do Iraque e ainda não foi encontrado o autor intelectual do atentado terrorista que dizimou as torres gêmeas e diversas vidas. Não parece estranho que os dois partidos americanos, Democrata e Republicano ficam sempre trocando de mandatos e presidentes, sempre levantando a bandeira da democracia onde se figura a liberdade econômica e tem a mais moderna tecnologia e o melhor aparato de informações, não ter percebido antecipadamente a citada crise. Não é estranho que a hecatombe financeira americana tem reflexo em todo o mundo globalizado, onde o atual presidente estava perdendo aliados para a sustentação e manutenção da PAZ nas áreas de conflito armado, assumindo praticamente o ônus do custo financeiro de sua manutenção. Não parece estranho que as modernas técnicas de transparências derivativas da atual legislação americana não tenham notado nos demonstrativos e pareceres dos auditores nenhum fato que possibilitasse a identificação inicial da crise financeira. Não parecer estranho que tendo as melhores universidades do mundo, com os melhores profissionais, com sistemas de alta tecnologia, não fossem capazes de identificar e sanar previamente essa crise evitando o seu descalabro mundial. Não é estranho que tendo uma escola de contabilidade mais evoluída não tenha os demonstrativos transparentemente expedidos, não se procedeu a uma pequena analise que pudesse identificar o inicio da crise financeira. Será que os investidores não visualizaram que o cassino existente um dia poderia vir á lona, com promessas fantasiosas de lucro fácil, ou será que sabiam da ajuda do governo por ter participação direta ou indireta na crise financeira. Os demonstrativos, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos, Demonstração de Lucros e/ou Prejuízos Acumulados e Notas Explicativas, Relatório da Administração, Parecer de Auditoria, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido, não seria suficiente para identificar previamente a crise financeira americana, se tivessem sido analisados e avaliados periodicamente conforme determina a legislação. Não é estranho que dentre os 20(vinte) maiores bancos americanos citados na lista do FED e do Tesouro Americano, estejam o American Express e o MasterCard, bancos de investimentos que liberam crédito em todo o globo, criando uma dinheiro de plástico que atinge a todas as camadas, e eles até o presente momento não sofreu nenhuma restrição ou mesmo um simples comentário. Será que os contadores, auditores internos e independentes e peritos, jamais desconfiavam que os demonstrativos dessas entidades exaravam fatos no mínimo estranho, ou não era interessante divulgar esses fatos, pois os mesmos poderiam chamar a atenção dos investidores que preferem o lucro fácil, e são eles que verdadeiramente alimentam o sistema do mercado de ações. As análises financeiras procedidas, as análises comparativas, os índices econômicos e financeiros aplicados não refletiam uma suspeita do que poderia acontecer com essas entidades, já que tinha todo o aparato profissional e legal que identificasse essa situação previamente, ou isso poderia resultar numa bolha inimaginável. Não parecer estranho que o Tesouro Americano utilize dinheiro público para sanar gestões no mínimo fraudulentas e eivadas de vícios das entidades financeiras, onde todos corroboraram para a existência da crise financeira mundial. Não é estranho que a estatização dessas entidades, através do processo de ajuda financeira, representa a intervenção do estado na economia, tese essa, repelida historicamente pela democracia americana. Não é estranho que, para conter o agravamento da dívida interna americana, sem implicar no estilo de vida do americano, seja necessário a criação de uma crise descomunal que atinja a todas as economias globalizadas. Não é estranho que essa crise financeira americana tenha eclodido no momento em que a economia americana estava declinando quando comparada com outras economias de países emergentes e isso é inaceitável para o americano moderno. Não é estranho que esses acontecimentos nos levem a reflexão de que, o que realmente importa e movimenta o mundo não é ação humanitária mas ação negociada em bolsa de valores, ou seja, o CAPITAL. O presente artigo vem declinar a reflexão que a CONTABILIDADE, a AUDITORIA e a PERÍCIA CONTÁBIL, se exercidas de modalidade transparente, profissional e responsável deveria identificar previamente a existência de fatos que resultaram na atual crise financeira americana. ELENITO ELIAS DA COSTA Contador, Auditor, Analista Econômico e Financeiro, Instrutor de Cursos do SEBRAE/CDL/CRC, Professor Universitário, Professor Universitário Avaliador do MEC/INEP do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, Consultor do Portal da Classe Contábil, da Revista Netlegis, do Interfisco, do IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Boletim No.320), Autor de vários textos científicos registrados no Instituto de Contabilidade do Brasil, sócio da empresa IRMÃOS EMPREENDIMENTOS CONTÁBEIS S/C LTDA. E-mail: [email protected] GESTÃO EMPRESARIAL – PLANEJAR OU IMPLODIR No mundo globalizado respirando a crise financeira diuturnamente, sofrendo com as inovações tecnológicas do sistema de fiscalização, sentindo o impacto dos custos trabalhistas, custos tributários, e dos custos operacionais, sentindo a retração do mercado motivado pela redução da circulação da moeda, as empresas devem conviver com a existência constante da MUDANÇA, e lamentavelmente poucas tem a sapiência de entender e interagir com essas mudanças significativas. Uma das ações mais aconselhável no momento é REVER o Planejamento Empresarial, em face do novo cenário econômico que se apresenta para o último trimestre de 2008 e para o primeiro semestre de 2009, é inegável que o Brasil sentirá sensivelmente o que ou europeus e americanos estão sentindo na pele, ou seja, uma crise inimaginável que resultará numa recessão e desemprego, motivado por ações alheias, mas oriunda do reflexo da crise financeira americana. O cenário para o período citado é verdadeiramente mais tenebroso e causticante, mesmo com a aprovação do pacote de ajuda do governo americano, pois o valor solicitado representa um pouco mais de 50% do valor necessário para apagar o incêndio na economia global. Ás empresas ainda existentes é aconselhável que reveja o seu P D C A, seu Controle Interno, reavalie os seus pontos fortes e fracos e mantenha transparência de seus fatos através de uma Contabilidade eficiente que o possibilite antever e analisar os cenários que se apresentam otimizando a implantação de melhorias contínuas necessárias e emergenciais que possam assegurar o mínimo de sustentabilidade ao seu empreendimento. Contrate profissionais que tenham uma educação continuada de qualidade e que tenham visão de futuro, o que necessariamente implica numa educação superior qualitativa com visão do cenário futuro da empresa, pois no atual momento a busca de profissionais que possam atenuar a atual crise se faz necessária. Devemos observar que a busca de capital de terceiros ficará mais onerosa e seletiva, a empresa antes de buscar recursos de terceiros deve rever seu planejamento estratégico de vendas, que deverá esta impactado por dificuldades mercadológicas, mas deve implementar sistema que possa maximizar as receitas, analisando o fator custo x benefício da estratégia. Analogamente deverá a empresa analisar criteriosamente seu controle interno, e principalmente seus custos e despesas, estabelecendo um comparativo com o período anterior e observando o percentual de redução gradual a fim de minimizar os recursos investidos. A Contabilidade com seus setores periféricos devem demonstrar de modalidade transparente e legal os fatos oriundos da gestão, mas seus relatórios devem ser analisado periodicamente e aferidos com o planejamento para que haja os procedimentos retificadores que possibilitem o alinhamento do planejamento, daí a importância desse profissional e sua competência, habilidade e visão de futuro, apesar de haver poucos profissionais com essas características mas a empresa deve se acercar dessas mínimas qualidades, não se deixando mais enganar com serviços antes oferecidos e de pouca importância para a gestão. O profissional de contabilidade deve está preparado para esse nível de exigência que o mercado deseja para que possa se manter na profissão e sempre buscando oportunizar a sua viabilidade, mantendo-se sempre antenado com as variáveis do mercado e principalmente com sua formação principal, a fim de que continue mantendo a prestação de serviço com o cliente. A empresa cliente tem um cenário muito diferente e ameaçador, pois a qualquer momento pode surgir situação esdrúxula e diferente das normais em face do cenário motivado pela crise financeira americana agregada ao nível de transparência que exige o SPED-Contábil, SPED-Fiscal e Nota Fiscal Eletrônica. Lamentavelmente, poucas empresas estão assimilando com profissionalismo o momento quem se aproxima, assim como há poucos profissionais no mercado que tenham as características mínimas que possam agregar valor ao continuísmo da prestação de serviços ainda existente entre os contratantes. Essa dicotomia poderá levar a empresa a uma situação falimentar, se nenhum dos contratantes demonstrar possuir essa característica básica necessária para ao continuísmo da relação, não dá mais para conviver com aqueles serviços que não agregam valor a gestão empresarial. Devemos entender que no momento atual nem mesmo o estado(fisco) deseja continuar com o precário serviços oferecido pela contabilidade, pois a empresa o mantinha somente para atender ao fisco, e com a existência do SPED, o fisco está selando e findando com essa relação, passando a exigir maior transparência e conseqüentemente maior responsabilidade. O gestor deve entender o momento atual, procedendo a um diagnóstico de toda sua empresa, principalmente da contabilidade para que a mesma possa aderir ao SPED por força de lei e da circunstância, pois mesmo que não lhe seja exigido a sua adesão, deverá repensar sobre citada exigência, caso contrário deverá pagar essa conta. Devemos raciocinar de modalidade simples, se as exigências fiscais citadas anteriormente se referem somente ás empresa que optaram pelo regime tributário no LUCRO REAL, as demais empresas optantes pelo regime tributário do Lucro Presumido e Simples Nacional, onde as mesmas têm transações comerciais com as primeiras citadas, ficando facilmente identificáveis seus fatos passiveis de sanções fiscais. Podemos então deduzir que o presente artigo reforça a idéia de existência de um Planejamento Empresarial para o direcionamento da gestão empresarial sob pena de acontecer fatos que podem impactar uma boa gestão e que lamentavelmente poderá atingi-la com a voracidade felina de um leão. ELENITO ELIAS DA COSTA Contador, Auditor, Analista Econômico e Financeiro, Instrutor de Cursos do SEBRAE/CDL/CRC, Professor Universitário, Professor Universitário Avaliador do MEC/INEP do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, Consultor do Portal da Classe Contábil, da Revista Netlegis, do Interfisco, do IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Boletim No.320), Autor de vários textos científicos registrados no Instituto de Contabilidade do Brasil, sócio da empresa IRMÃOS EMPREENDIMENTOS CONTÁBEIS S/C LTDA. E-mail: [email protected]
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