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Mesmo após a Copa do Mundo, Brasil continua perdendo da Alemanha. Já é hora de virar o jogo.

Nas questões de retorno de tributos arrecadados à população também ficamos atrás

Não foi apenas no futebol que o Brasil perdeu da Alemanha. Nas questões de retorno de tributos arrecadados à população também ficamos atrás. De acordo com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), dos 30 países com maior carga tributária, o Brasil está em ultimo lugar - pelo quarto ano consecutivo. Por outro lado, a Alemanha se encontra numa posição intermediária, 15º lugar.

Mas pra quem vive no Brasil e sobrevive diariamente às desventuras de serviços públicos inadequados essa informação não é nenhuma novidade. Educação, saúde e infraestrutura ruim é uma constância. Em comparação com o País germânico estamos anos luz atrás.

Entretanto, isso não deve ser motivo de pânico. As comparações entre os dois países não devem ser absolutas. Com uma porcentagem de arrecadação sobre o PIB praticamente igual – Alemanha com 37,10% e Brasil com 36,02% - devemos observar as diferenças entre os dois estados, principalmente no sentido histórico.

Por exemplo, a formação dos dois países é completamente diferente. A partir desse principio  já é possível verificar uma vantagem alemã diante do Brasil. Afinal, formada a partir das civilizações no primeiro século da era atual, a Alemanha passou por diversas transformações durante sua história. Dentre elas unificação, duas guerras mundiais e foi centro de um conflito ideológico por mais de 50 anos.

O Brasil por sua vez, apesar de ter sofrido transformações políticas, é bem mais novo que o País europeu. Com pouco mais de 500 anos de existência, teve seus primeiros anos marcados por uma colonização com a finalidade unicamente extrativista e exploradora. Além disso, mesmo depois da independência não foi tratado com o esmero necessário, e até a proclamação da República passou por crises politicas que formaram a base dos nossos parlamentares atuais. Baseado numa politica interesseira não progrediu o tanto necessário.

Sobre democracia, estamos aprendendo ainda como se faz. A sequência democrática atual é a maior de toda a história do Brasil. No passado, com os diversos golpes de Estado a partir da década de 30, nunca houve alternância de poder livre e clara como hoje. E cabe salientar que desde a promulgação da Constituição de 1988 o País mudou muito.

Claro que isso não é uma desculpa para pararmos e ficarmos agradecidos com esses avanços. É necessário seguir em frente. E muita coisa ainda tem que mudar. O momento é favorável para isso. Com toda a tecnologia a nosso dispor está cada vez mais fácil fiscalizar a administração pública. Nunca antes houve tanta transparência fiscal e politica como temos hoje. Sim, há diversos esquemas escusos e sofisticados de corrupção atualmente, mas há ferramentas a altura para combatê-lo também.

José Carlos Braga Monteiro é fundador e atual presidente da Studio Fiscal, rede de franquias especializada em consultoria empresarial com auditoria fiscal e planejamento tributário com mais de cem escritórios no Brasil.

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