Temor com economia real volta a derrubar bolsas

As bolsas de valores americanas registraram suas maiores perdas em sete semanas ontem. Indicadores da economia japonesa e uma perspectiva decepcionante para a varejista Lowe"s abafaram esperanças sobre o crescimento da economia.

Os índices Dow Jones e Standard & Poor"s 500 tiveram sua maior queda percentual diária desde o início de julho, enquanto o Nasdaq marcou sua baixa mais acentuada desde o final de junho. O S&P 500 ainda está 45% acima de suas mínimas de março.

O Dow Jones recuou 2%, para 9.135 pontos. O Nasdaq caiu 2,75%, para 1.930 pontos e o S&P, 2,43%, para 979 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão mostrou que a economia saiu da recessão no segundo trimestre, mas em ritmo mais lento que o esperado. As ações da Lowe recuaram 10,3%. A empresa deu aos investidores poucas razões para uma perspectiva positiva com relação aos consumidores.

A venda de papéis em Wall Street foi generalizada, mas ações sensíveis aos ciclos da economia tiveram as maiores perdas, incluindo as do setor industrial, cujo índice perdeu 2,9%. O índice Dow Jones que mede o desempenho das ações do segmento de construção civil cedeu 3,3%.

As bolsas da Europa fecharam no menor patamar em mais de duas semanas, depois de investidores realizarem lucros, preocupados de que o rali recente não seja sustentado pelos indicadores.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 2,02%, a 921 pontos, menor patamar de fechamento desde 29 de julho. O indicador teve ainda a maior queda percentual diária desde 2 de julho.

O principal índice europeu, que desabou 45% em 2008, acumula valorização superior a 42% ante a mínima histórica atingida em 9 de março.

O setor de bancos exibiu as maiores perdas dos índices. Banco Santander, Barclays, Credit Suisse, HSBC, UBS e UniCredit cederam entre 1,5% e 3,8%.

Em Londres, o índice Financial Times baixou 1,46%, a 4.645 pontos. O DAX, de Frankfurt, caiu 2,02%, para 5.201 pontos. Em Paris, o CAC-40 recuou 2,16%. Houve baixa de 2,74% em Milão, de 2,78% em Madri e de 1,92% em Lisboa.