Notícias
Juros e preços menores obscurecem inadimplência e reativam as vendas
Os resultados de agosto da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE foram contrastantes.
Os resultados de agosto da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE foram contrastantes.
Para o varejo ampliado
-grupo que inclui as lojas de veículos, motos ou material de construção-, a pesquisa apurou alta muito forte do volume de vendas de julho para agosto: 2,7% (descontadas as flutuações sazonais).
Já no varejo restrito -que deixa de fora as lojas de veículos, motos e material de construção-, o volume de vendas cresceu apenas 0,2%.
Esse desempenho do varejo restrito representou marcante desaceleração ante julho (mês em que o volume de vendas superou em 1,4% o de junho), e o movimento foi puxado por super e hipermercados e demais lojas de alimentos, bebidas e fumo.
Nesse tipo de loja, que responde por 51% do varejo restrito, as vendas em agosto recuaram 1,1% -"devolvendo" a alta significativa do mês anterior (0,9%).
Além dos super e hipermercados, apenas mais 1 das 10 categorias em que a PMC classifica os estabelecimentos varejistas apresentou queda de vendas em agosto: as lojas de livros, jornais, revistas e papelaria.
Essas duas categorias de lojas têm em comum a importância limitada das vendas a crédito. E tudo indica que o crédito foi fundamental para a alta das vendas apurada nas demais categorias de lojas
-especialmente nas especializadas em veículos e motos.
Segundo o Banco Central, a inadimplência das famílias nas operações de crédito praticamente parou de subir a partir de fevereiro, mas até agosto se manteve num patamar relativamente alto.
Isso poderia inviabilizar a continuidade da alta das vendas a crédito. Mas não é o que se vem constatando, o que indica que outros fatores vêm pesando mais.
Um deles é o forte convite às compras representado pelas reduções de IPI sobre automóveis e linha branca.
Outro é a redução do custo do crédito propiciada pelo corte da Selic e pela maior concorrência entre os bancos: de outubro de 2011 a agosto de 2012, o custo médio do crédito para a pessoa física caiu de 47,1% para 35,6% ao ano.
Olhando à frente, espera-se que o volume de vendas do comércio restrito feche o ano com alta de 7,5% e que a reaceleração da atividade econômica, puxada pelo investimento, crie condições para que as vendas do varejo sigam em expansão em 2013.
Links Úteis
Indicadores de inflação
08/2024 | 09/2024 | 10/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,12% | 1,03% | 1,54% |
IGP-M | 0,29% | 0,62% | 1,52% |
INCC-DI | 0,70% | 0,58% | 0,68% |
INPC (IBGE) | -0,14% | 0,48% | 0,61% |
IPC (FIPE) | 0,18% | 0,18% | 0,80% |
IPC (FGV) | -0,16% | 0,63% | 0,30% |
IPCA (IBGE) | -0,02% | 0,44% | 0,56% |
IPCA-E (IBGE) | 0,19% | 0,13% | 0,54% |
IVAR (FGV) | 1,93% | 0,33% | -0,89% |
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.8174 | 5.8183 |
Euro/Real Brasileiro | 6.0867 | 6.0947 |
Atualizado em: 25/11/2024 14:22 |