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Vendas no varejo fecham 2013 com alta de 4,3%, o menor resultado em 10 anos
Em dezembro, houve queda de 0,2%, o primeiro resultado negativo após nove meses de alta
Após nove meses seguidos de alta, as vendas no varejo recuaram em dezembro. No mês, as vendas caíram 0,2% e fecharam 2013 acumulando alta de 4,3%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado de 2013 foi o menor em dez anos. Em 2003, as vendas haviam registrado queda de 3,67%.
O resultado mensal veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam desde uma queda de 0,50% a uma alta de 0,60%, e ligeiramente abaixo da mediana, positiva em 0,30%.
O volume de vendas subiu 4% em relação a dezembro de 2012. Nesta comparação, o resultado também veio de acordo com as projeções, que variavam entre altas de 3,60% e 6%, com mediana de 5%.
Varejo amplicado. Se considerados os setores de material de construção e veículos (varejo ampliado), as vendas caíram 1,5% em dezembro ante novembro de 2013, na série com ajuste sazonal. No ano, houve alta de 3,6%.
O resultado mensal veio abaixo do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam desde queda de 1% a alta de 1,20%. As vendas anuais ficaram no piso das estimativas do mercado (3,60% a 4%).
Na comparação com dezembro de 2012, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 2,9% em dezembro do ano passado. Nesse confronto, o resultado ficou abaixo do intervalo previsto, de 3,40% a 8,20%.
Setores. Na passagem de novembro para dezembro do ano passado, seis entre as dez atividades que integram o varejo ampliado registraram recuo nas vendas. A atividade de veículos e motos, partes e peças teve queda de 3,4%, enquanto a de materiais de construção caiu 0,2%, o que resultou em uma retração de 1,5% no varejo ampliado no período.
No conceito restrito, o recuo nas vendas foi verificado em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,6%), móveis e eletrodomésticos (-3,5%), combustíveis e lubrificantes (-1,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,2%).
Os resultados positivos foram verificados em tecidos vestuário e calçados (0,7%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%). O varejo restrito teve queda de 0,2% em dezembro ante novembro.
Revisão. O IBGE revisou a taxa de crescimento das vendas do varejo em novembro ante outubro, passando de 0,7% para 0,6%. A alta de outubro ante setembro também foi revista, de 0,3% para 0,2%. No varejo ampliado, que inclui as atividades de automóveis e materiais de construção, a taxa de novembro ante outubro passou de 1,3% para 0,9%. Já o resultado de setembro ante agosto saiu de -0,7% para -1,1%.
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