Notícias
Inadimplência no mercado de crédito fica estável em março
Já estoque de financiamentos cresceu 1,2% ante fevereiro, movimento influenciado da desvalorização do real no período
A inadimplência no mercado de crédito no Brasil ficou estável pelo terceiro mês consecutivo em março, e o estoque de financiamentos cresceu 1,2% ante fevereiro, movimento influenciado da desvalorização do real no período.
Conforme dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira, o saldo total de crédito no sistema atingiu R$ 3,06 trilhões no mês passado, equivalente a 54,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Em fevereiro, o percentual havia sido de 54,4% do PIB, em patamar revisado pelo BC.
Segundo a autoridade monetária, a evolução mensal refletiu a recuperação sazonal da demanda de crédito pelas empresas, em um mês com mais dias úteis.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, mencionou também o impacto do câmbio nas operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Apesar das concessões do banco às empresas terem caído 14,8 por cento em março ante igual mês do ano passado, o saldo de crédito subiu 16,3% na mesma base, afetado pela alta do dólar.
Como o BNDES responde pela maior parte do crédito com recursos direcionados às companhias, o avanço desse segmento, de 1,8% ante fevereiro teria caído à metade, disse Maciel, se excluído o impacto da depreciação do real. Em 12 meses, a alta do sistema nessa linha foi de 15%.
O indicador de qualidade da carteiras mostrou estabilidade, com o índice em 2,8% em março, mesmo patamar desde janeiro. No crédito a pessoas, o índice recuou 0,1 ponto na base sequencial, para 3,7%, enquanto nas operações com empresas subiu 0,1 pontos, para 2,1%.
No segmento de recursos livres, com taxas de juros livremente definidas pelos bancos, a inadimplência também teve o terceiro mês estável, em 4,4%.
Nos recursos direcionados, com taxas e recursos definidos pelo governo, a inadimplência caiu a 1,1 %, contra 1,2% em fevereiro e 1,1% em janeiro.
Em meio ao ciclo de aperto monetário promovido pelo BC, a taxa de juros média das operações com recursos livres subiu a 40,9% ao ano em março, de 40,6% em fevereiro.
Apesar disso, o spread bancário neste segmento mostrou ligeira queda a 28,2 pontos percentuais, queda de 0,1 ponto.
Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, a 12,75% ao ano, com economistas apontando em pesquisa Focus expectativa de novo aperto similar na reunião da próxima semana.
Links Úteis
Indicadores de inflação
07/2024 | 08/2024 | 09/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,83% | 0,12% | 1,03% |
IGP-M | 0,61% | 0,29% | 0,62% |
INCC-DI | 0,72% | 0,70% | 0,58% |
INPC (IBGE) | 0,26% | -0,14% | 0,48% |
IPC (FIPE) | 0,06% | 0,18% | 0,18% |
IPC (FGV) | 0,54% | -0,16% | 0,63% |
IPCA (IBGE) | 0,38% | -0,02% | 0,44% |
IPCA-E (IBGE) | 0,30% | 0,19% | 0,13% |
IVAR (FGV) | -0,18% | 1,93% | 0,33% |
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.7925 | 5.7935 |
Euro/Real Brasileiro | 6.178 | 6.228 |
Atualizado em: 01/11/2024 05:20 |