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O que você precisa saber sobre a Geração Z, apontada por estudo como "ambiciosa"

Formada por nascidos após 2000, a Gen Z não é nada do que o estereótipo desenha. Segundo pesquisa, são futuros profissionais e empreendedores

É fácil subestimar os profissionais da chamada Geração Z (quer dizer, se você a estima de alguma maneira...). Muitas pessoas olham para as pessoas nascidas depois do ano 2000 e imaginam que sejam apenas um bando de viciados em conferir o smartphone, fazer vídeos no Snapchat ou jogar Pokémon Go. Mas, não é só isso.

Sucessores dos Millenials, ou Geração Y, a nomeada Geração Z foi apontada por um estudo como futuros profissionais ambiciosos e muito esforçados e, surpreendentemente, pode ser formada por pessoas que entrem para o mercado de trabalho praticamente “prontas”, ou seja, muito bem preparadas.

Recentemente, o site Monster e a empresa de pesquisas TNS lançaram a chamada “Monster Multi-Generational Survey”, em que estuda mais de 2 mil trabalhadores e não trabalhadores das gerações Baby Boomer, X, Y e Z, para descobrir o que faz cada uma se sentir motivada no mercado de trabalho. Nesse estudo, mais de 500 participantes têm entre 15 e 30 anos – ou seja, parte dessa geração que está começando a se preocupar com emprego.

Se você é um líder – ou pode se tornar um chefe a qualquer momento -, é melhor que entenda esta mão de obra que está entrando (ou que entrará em breve) no mercado. Quer entender melhor a Geração Z? Então, veja o que estudos dizem sobre ela, segundo publicou o site Fortune.

Quando posso esperar essa geração na minha equipe?

Se você já não trabalha com membros da “Gen Z”, vai trabalhar muito em breve. Afinal, ela tem cerca de 60 milhões de pessoas, ultrapassando a geração anterior em mais de 1 milhão. Segundo o estudo da Monster, 77% dos integrantes dessa geração ainda estão na escola, sendo que apenas os mais velhos já têm algum emprego. Contudo, a maioria desses estudantes estará em trabalhos full-time na metade da próxima década.

O que eles desejam fora do trabalho?

Comparada a outras gerações estudadas pela Monster, a Z se demonstrou bastante prática e incentivada pelo dinheiro. Pelo menos 7 em cada 10 afirmaram que o salário seria seu principal motivador no trabalho e pelo menos 70% disseram que o plano de saúde é um dos benefícios mais essenciais. Com tais informações, parece que os escritórios com "videogames e paredes para escalar" são, necessariamente, construídas para os Millenials.

Sob o ponto de vista das empresas e empresários, é melhor começar a pensar em gastar muito mais em tecnologia a partir da entrada desses profissionais no mercado. Isso porque 39% dos entrevistados afirmaram que smartphones são essenciais ao trabalho, comparados aos 25% daqueles que responderam a mesma coisa em todas as gerações anteriores somadas. Além disso, 23% da Gen Z disseram que mensagens de texto são ferramentas básicas de comunicação, contra os 13% de todos os outros trabalhadores das gerações mais antigas.

Outro exemplo de que os profissionais da Geração Z são muito mais tecnológicos do que todo o restante da mão de obra, é que cerca de 25% desses nativos digitais responderam que as redes sociais serão necessárias para seu trabalho diário, enquanto apenas 9% dos outros trabalhadores mais velhos acham o mesmo.

Com todas essas características, podemos entender porque a questão do trabalho remoto, ou homeoffice, é vista de forma superpositiva por essa geração. Afinal, ao obter um laptop para trabalhar, eles se sentiriam prontos para realizar seu cargo: 37% disseram que esse tipo de emprego é “eficaz”, contra 30% de outros trabalhadores mais velhos.

É uma geração preguiçosa?

Não. Na verdade, é tudo menos isso. De acordo com a pesquisa, 76% dos entrevistados se descreveram como responsáveis por dirigir suas próprias carreiras. Além disso, 58% acreditam que vale a pena trabalhar noites e finais de semana por pagamentos mais altos. Dessa maneira, comparados às gerações prévias, são muito mais abertos a trabalhar mais. Na geração anterior, 45% afirmaram que colocam mais horas de trabalho para salários mais generosos. Já entre a Geração X e os Baby Boomers, apenas 40% consideram tal ação.

Assim, a boa notícia para empreendedores é de que está chegando uma leva de profissionais animados e abertos ao trabalho duro. Mas, lembre-se dos salários altos e das exigências tecnológicas...

Afinal, apesar de o salário ser bastante importante a eles, existem outras coisas que os motivam profissionalmente: esses jovens desejam se preocupar com o trabalho que realizam. Assim, é importante mantê-los engajados na missão que a empresa realiza se quiser continuar com sua mão de obra jovem na companhia.

Além disso, existem características empreendedoras nessa geração. Desse modo, se um funcionário com este perfil desistir de sua empresa, poderá, com probabilidade alta, criar uma própria. Na pesquisa, quase metade (42%) afirmou que deseja ter seu próprio negócio – esse número é bastante significativo, já que é 10 pontos percentuais mais alto do que todas as outras gerações anteriores pesquisadas.

Enfim, em um mundo de aplicativos como o Snapchat (cujos fundadores tinham em torno de 26 anos), onde alcançar o sucesso da noite do dia parece fácil, o que faria um profissionar desistir de criar o próximo "estouro" do mercado?

Dessa forma, para atrair os profissionais da Geração Z, nada melhor do que empregos com possibilidades de certa autonomia, como se fossem um negócio próprio. O jeito é se preparar para essa leva criativa, tecnológica e empreendedora de profissionais.

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