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Papelada: desbloqueando sua empresa e sua vida dessa limitação

Se cada empresa imprime, em média, um contrato de 30 páginas semanalmente, temos 150 milhões de folhas por semana

Estamos acostumados a armazenar todo o tipo de papel. Desde documentos importantes a recibos de gastos com cartões – que, sinceramente, acabam ficando apagados e inúteis após um tempo, e também boletos de contas. Porém, a tecnologia é uma grande aliada para ajudar na não geração de boletos e mais boletos que podem se perder por aí e oferece algumas vantagens da “nuvem”, para armazenar em redes computacionais ou em nuvem.

As pessoas possuem uma tendência natural de guardar em papel todos os documentos que consideram importantes. Mas se refletíssemos bem, será que esses documentos estarão melhor armazenados em um armário que pode juntar pó e traças ou em uma rede de computadores com alta segurança e backups?

Esse assunto vai além da simples segurança dos seus documentos. Trata-se também de uma questão ambiental. Imagine, por exemplo, o impacto da impressão de extensos contratos comerciais para o ecossistema. Não tem ideia de como ou quanto seria, então acompanhe:

No Brasil, contamos com cerca de cinco milhões de entidades jurídicas (incluindo organizações privadas e públicas). Se cada empresa imprime, em média, um contrato de 30 páginas semanalmente (considerando a equação de empresas que imprimem bem mais que isso e outras que têm uma frequência bem menor), temos 150 milhões de folhas por semana. Em um ano, esse número salta para 7,2 bilhões de folhas consumidas. Já imaginou em contapensando no peso total em toneladas desse material?

E não para por aí. Falta incluir na conta a tinta gasta nas impressões, os resíduos gerados (embalagens dos blocos de papel e dos cartuchos de impressão), os custos de transporte e distribuição – desde o combustível, até o pneu gasto e os resíduos gerados dessa logística –, sem contar com os impactos do plantio, quando feito de forma inadequada.

É claro que também devemos considerar os gastos e impactos da computação. Temos o consumo de energia elétrica, os resíduos dos equipamentos desgastados, suas embalagens, a construção dos parques tecnológicos para alocação dos computadores da rede e os gastos com o transporte dessas máquinas.

Agora, sinceramente, você percebe uma certa similaridade nos gastos envolvidos em ambas operações, com a sutil diferença na frequência em que esses gastos ocorrem? Eu me sinto confortável em afirmar que computadores são trocados com uma frequência bem menor do que os materiais envolvidos na distribuição dos pacotes de papel. Ou seja, os custos totais envolvidos em cada operação, considerando o mesmo período de tempo, tendem a ser menores, não acha?

Obviamente que em toda essa cadeia há geração de empregos e movimentação da economia, que devem ser levados em consideração. Minha intenção não é denegrir toda indústria de papel e celulose, longe disso. Até mesmo porque acredito nos benefícios indiretos que nossa sociedade obtém de toda essa cadeia produtiva, impactando em vários setores econômicos.

Além disso, há muitas situações que nos obrigam a continuar usando papel para nossos documentos. Mas a reflexão que fica é: será que não conseguimos realocar esse investimento de energia e mão de obra em outras atividades que também movimentam a economia na direção da evolução e do progresso? Vale a pena a reflexão.

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