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Clima econômico melhora no Brasil

Pesquisa mostra que a América Latina caminhou em sentido contrário ao da média mundial, segundo a FGV

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina recuou cinco pontos, passando de 79 pontos para 74 pontos entre julho e outubro de 2016, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo.

No Brasil, o ICE subiu 8 pontos, de 82 para 90 pontos, na mesma base de comparação.

Segundo a FGV, o clima econômico da América Latina caminhou em sentido contrário ao da média mundial: entre julho e outubro, o ICE Mundial avançou cinco pontos, retornando ao patamar de abril passado (100 pontos).

"A melhora do ICE Mundial está associada aos resultados dos países desenvolvidos, com destaque para Estados Unidos, o bloco da União Europeia e o Japão, todos com clima econômico favorável", informou a FGV, em comunicado oficial.

Já no grupo dos BRICS, todos os países registraram melhora do clima econômico, mas permanecem na zona de avaliação desfavorável. A exceção é a Índia, que está em zona favorável (131 pontos).

"Logo, a Sondagem aponta uma recuperação, ainda que lenta, da economia mundial, liderada pelos países desenvolvidos", traz o comunicado da FGV.

Realizada em outubro, a pesquisa trouxe dessa vez uma questão relativa às eleições nos Estados Unidos.

Aos entrevistados foi questionado sobre o possível impacto da vitória de Donald Trump ou de Hillary Clinton.

A percepção foi que, no caso de Trump ganhar, o impacto no mundo seria negativo (-43%) e, na América Latina, o efeito seria ainda pior (-62%).

Se Hillary Clinton fosse eleita, o impacto seria positivo: 5,9% e 29%, respectivamente.

A FGV destacou que o clima econômico do Brasil melhorou pelo quarto trimestre consecutivo, por conta da alta no indicador das expectativas, já que, desde julho de 2015, o indicador da situação atual está no nível mais baixo da avaliação da Sondagem (20 pontos).

"Continua, portanto, a espera por resultados que se traduzam na melhora efetiva das condições econômicas", informou a FGV.

Além do Brasil, em outubro o clima econômico melhorou na Argentina, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela.

AS REFORMAS

Após encontro com Michel Temer, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, disse que o fato de reformas estarem sendo implementadas no Brasil já é sinal de uma mudança positiva.

Ele destacou a PEC do teto dos gastos e a mudança na Previdência Social. "Todo mundo fala de reformas, mas poucos fazem."

Moreno afirmou que o BID vai abrir um escritório em São Paulo e que conversou com Temer sobre como o banco poderá acompanhar os programas de infraestrutura que estão sendo implementados no país.

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