Notícias

Brasileiro vê reação do mercado de trabalho

Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo mostra que a população está mais segura com relação à estabilidade no emprego, o que a deixa mais confiante para investir

Em fevereiro, a insegurança do brasileiro no emprego caiu pelo quarto mês seguido, segundo o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Os inseguros somaram 55% dos entrevistados para a pesquisa. Em novembro, dezembro e janeiro, as parcelas de inseguros eram de 65%, 62% e 58%, respectivamente. Trata-se também do menor pessimismo no emprego desde fevereiro de 2017.

“O resultado sinaliza uma gradual recuperação da confiança do consumidor, resultante da melhora do cenário macroeconômico. O brasileiro já começa a captar as quedas da inflação, dos juros e da taxa de desemprego”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Mesmo com a melhora, ainda são poucos os entrevistados que afirmaram estar seguros em seus trabalhos ? somente 17% em fevereiro (mesmo resultado do mês anterior).

“Apesar de estar em queda, o nível de desemprego no Brasil ainda é muito elevado. O cidadão ficou descrente após dois anos de forte crise econômica. Contudo, assim que o setor de serviços começar a se recuperar ? sendo ele o maior empregador ?, a segurança vai se sobrepor à insegurança e o Índice Nacional de Confiança vai seguir para o campo positivo”, diz Burti.

O índice varia entre zero e 200 pontos, sendo o intervalo de zero a 100 o campo do pessimismo e o de 100 a 200, do otimismo. A margem de erro é de três pontos.

No País como um todo, o INC de fevereiro foi de 77 pontos, mesmo valor de janeiro. O levantamento foi realizado pelo Instituto Ipsos de 1º a 16 de fevereiro em todas as regiões brasileiras.

Outro dado do INC mostra que em fevereiro de 2018 os brasileiros conheciam em média 5,13 pessoas que perderam o emprego, contra uma média de 5,87 há um ano.

INVESTIMENTO NO FUTURO

O INC de fevereiro detectou melhora na percepção do brasileiro no quesito investimento no futuro.

Ao responderem se na comparação com 6 meses atrás, hoje se sentem mais confiante ou menos confiante para investir no futuro, 57% disseram estar menos confiantes, contra 61% em janeiro e 64% em dezembro.

Já a parcela de confiantes quanto a investir no futuro está estável em 17%.

CLASSE SOCIAL

Em fevereiro, o INC registrou ligeiras alterações na confiança das classes econômicas em relação a janeiro.

Na classe AB, o índice caiu de 70 para 69 pontos, mesma variação vista na DE (de 78 para 77).

Na classe C, que segue como a menos pessimista, o indicador passou de 78 pontos em janeiro para 79 em fevereiro.

Em relação às regiões, a maior variação do INC foi no Norte/Centro-Oeste, onde a confiança subiu nove pontos (de 65 para 74), puxada pelas chuvas, que favorecem a agricultura.

A confiança do Sudeste caiu cinco pontos (de 83 para 78). Uma das hipóteses para essa queda é o temor causado pela febre amarela nos estados da região.

No Nordeste, o INC passou de 73 para 74 pontos, enquanto no Sul foi de 80 para 82.

METODOLOGIA

Encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos desde 2005, o INC é elaborado a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares em 72 municípios de todas as regiões do País.

Trata-se de uma medida da extensão de confiança e segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Além de indicar a percepção do estado da economia para a população em geral, o índice visa a prever o comportamento do consumidor no mercado.

voltar

Links Úteis

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.789 5.79
Euro/Real Brasileiro 6.1125 6.1275
Atualizado em: 15/11/2024 05:27