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CFO: como formar a equipe para o IFRS
Custos devem aumentar. Momento é de valorização profissional
Se, por um lado, a transição das normas contábeis para o modelo internacional do IFRS aumentará os investimentos iniciais das empresas, por outro, valorizará o papel dos profissionais financeiros e contábeis, por conta da modificação da percepção do papel. A opinião foi dada pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas de Capital Aberto (Abrasca), Antonio Castro, durante o 12º. Congresso Anefac, realizado entre os dias 18 e 21 de março em Angra dos Reis (Rio de Janeiro).
“Para a administração, temos uma série de dificuldades. E uma delas é ler os relatórios financeiros”, ponderou Castro. De acordo com o executivo, pelo fato de o novo modelo ter um número maior de páginas, por conta especificamente das notas explicativas, os custos para a publicação os balanços em jornais de grande circulação será maior.
“Imaginamos que os benefícios serão maiores que os custos”, avaliou. E um ponto positivo é, por sua vez, a revalorização dos profissionais da área. “O envolvimento de conselheiros [de administração] nesse processo é extremamente importante. O IFRS vai demandar um esforço muito grande no desenvolvimento dos próprios conselheiros e no processo de comunicação”, continuou.
Nesse aspecto, o CFO precisa formar uma equipe extremamente competente, porque é com essa base que ele estará tranquilo para assinar os balanços. “Profissionais da área de impostos foram subvalorizados nos últimos anos. O planejamento pode não auxiliar o processo contábil, mas com certeza ajudará em oportunidades futuras”, continuou.
Para a preparação do time, o presidente da Abrasca deu os seguintes direcionamentos:
- Criação de uma área de gestão de projetos para coordenar as atividades
- Estruturação da equipe com base nos resultados da avaliação dos impactos
- Alocação dos recursos suficientes para implementação
- Treinamento profissional
“A preocupação maior é a retenção de talentos”, finalizou.
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